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sábado, 4 de setembro de 2010 Post By: Lilah

E essa tal felicidade?



A gente passa a vida atrás da tal felicidade...esperando o dia perfeito em que ela chegará e ficará para sempre na nossa vidinha mais ou menos. Em pequeno, nos enchem os ouvidos com descrições de contos de fadas com príncipes perfeitos, cinderelas encatadas e o tal "viveram felizes para sempre" e a gente acredita...


Acredita que vai crescer e conhecer a tal felicidade. Que pode ser o primeiro namorado e aquela sensação de vou-te-amar-até-a-morte-depois-de-amanhã-te-esqueci, mas o primeiro namorado vem e vai e a tal felicidade se perde no caminho. E ficamos sonhando. ...Sonhando com o casamento perfeito e a festa deslumbrante e então nos defrontamos com pés apertados em saltos assassinos e a sogra que não vai com a nossa cara. E o príncipe perfeito tem verrugas de sapo: não fecha a tampa da pasta de dente, ronca e deixa toalha molhada em cima da cama.


Mas então seremos felizes quando os filhos nascerem....e vem  gravidez, os enjoos, as noites sem dormir...e a felicidade virá quando as crianças crescerem, quando a rebeldia acabar. Seremos felizes quando mudarmos para a casa nova, comprarmos o carro zero ou os filhos se formarem na faculdade. Estaremos no conto de fadas quando o marido deixar aquele hábito irritante, tivermos enfim a casa de praia, fizermos uma viagem inesquecível. Ou então quando conseguirmos o emprego dos sonhos...ou nos livrarmos do chefe de pesadelo. E vivemos a vida em compasso de espera, sempre achando que a felicidade vive um passo a nossa frente.


Felicidade não é porto, não é chegada. Felicidade é caminho. É cada dia que escolhemos viver e cada decisão que fazemos. A felicidade não repousa em algum lugar mítico distante onde um dia, quem sabe, aterrisaremos Não está nos braços daquele homem de sonho que entrará em nossa vida e resolverá tudo de uma vez. Felicidade é busca constante. Está nos sorrisos, nos colos que temos pela vida, no abraço de um amigo que não pede nada em troca. Nos beijos molhados dos filhos, no bate papo madrugada a dentro na mesa do bar, sem qualquer compromisso. Felicidade é um dia na praia de pernas pro ar.


Ser feliz para sempre, além de utópico, seria chato para caramba! É por isso que os livros acabam ali...por que ninguém suportaria ler páginas e mais páginas de uma vida sem pneus furados, contas para pagar ou TPM. Por que princesas não tem TPM. A felicidade real é construída, tijolinho por tijolinho e, perdoe-me quem não acredita, é antes de tudo uma escolha pessoal. É uma construção que começa no eu comigo mesmo. Na aceitação das minha limitações, no abraçar os meus defeitos, numa auto estima saudável. Felicidade é amar-se e não permitir, jamais, que o medo e a dúvida derrubem nossa vontade de ser feliz. É não nos sabotar. E não aceitar que o outro, seja ele marido, pai, filho, amigo ou o chefe, segure em suas mãos, um bem que é meu e meu somente: a minha vontade de ser feliz.

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