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segunda-feira, 12 de abril de 2010 Post By: Lilah

Chances...

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Capítulo 4

Sábado à noite

Matheus


Eu concordei em ir dançar. Vamos recapitular? Eu não tenho um osso dançarino em meu corpo. Eu não consigo cantar parabéns para você sem perder o ritmo. Em minha defesa eu quero dizer que eu não estava realmente pensando quando aceitei o convite. Quer dizer, veja bem, depois de mais de trezentas horas de agonia, fantasias e sonhos eu finalmente estava beijando Fábio. Você realmente queria que eu conseguisse pensar? Pois bem, então eu vou ter que dançar. Literalmente e eu espero que não figurativamente.


Calça nova, um número menor que o decente. Ok. Camisa azul (minha mãe sempre disse que combina com meus olhos). Ok. Cueca nova. Presente. Camisinhas. YESSS! Hei! Um homem pode sonhar e ser cuidadoso ao mesmo tempo, não é?

Faltam quinze minutos para as oito. Eu estou pronto a pelo menos meia hora. Ansioso? Imagina. Eu só não consegui dormir, não consegui comer e estou fazendo um buraco no chão da sala, de tanto andar de um lado para o outro. Dez minutos. Será que ele é pontual? Eu devia realmente usar essa calça? Talvez dê tempo de trocar e colocar algo menos sugestivo. hum...não, eu quero que ele pegue a sugestão. Os beijos ontem foram bons, mas eu espero que a noite termine de maneira diferente hoje.

Cinco minutos e toca o interfone. Pontual, ele é realmente perfeito. Mando ele subir ou digo que estou descendo? Eu quero um daqueles beijos e a portaria não é exatamente o melhor lugar para isso. As vezes é tão complicado ser eu. Peço para ele subir.

Todo mundo fica sem jeito no dia seguinte ao primeiro encontro ou sou só eu que não sei onde colocar as mãos, o que dizer ou se devo beijar ou não? Felizmente ele não parece ter esse tipo de problema. Assim que fecho a porta eu estou apertado contra a parede e com um Fábio muito disposto e faminto em meus braços. Bom. Alguém nessa história precisa saber o que fazer.

Ele cheira tão bem. E tem gosto de café e algo indefinido que é só Fábio, limpo e morno. Sua mão encontrou rapidamente meu cabelo, arrancando o elástico e desfazendo meu rabo de cavalo, para se enroscar e aninhar nos cachos rebeldes. Ele moveu mais íntimo, apertado contra mim, duro e quente contra minha barriga. Sua língua dançando contra a minha era o único ritmo que eu já consegui seguir na vida. A outra mão deslizou pelas minhas costas até descansar na curva do meu traseiro.

Sua boca deixou a minha e escorregou deliciosamente pelo meu pescoço, seu rosto macio de uma barba recentemente feita. Ele me mordeu, justamente naquele pedaço sensível logo abaixo da orelha e então eu senti uma língua suavizar o machucado.

"Nós vamos ficar atrasados."

Atrasados? Para onde? Como ele consegue pensar? Ele me puxou em direção a porta, perguntando se eu estava pronto. Sim! Eu estou pronto, me arraste para a cama mais próxima e descubra só o quanto eu estou pronto! Pronto, duro, quente, disposto. Infelizmente ele estava falando sobre jantar e dançar. E no simples pensamento de dançar meu pênis esvaziou completamente e se recolheu assustado. Melhor assim, não? Seria embaraçoso se eu desfilasse pelo corredor sem conseguir me endireitar devido ao pouco espaço dentro do meu jeans.

O restaurante era simpático e aconchegante, mas eu não tenho a menor ideia do que eu comi ou exatamente sobre o que nós falamos. Eu sei que conversamos muito e que rimos mais ainda. Havia uma tensão entre nós sim, mas felizmente tínhamos bastante em comum para conseguir manter uma conversa sem silêncios prolongados e desconcertantes. E então o jantar acabou e ele estava me levando de novo para o bar de ontem, para dançar. Posso ficar apavorado agora?

Eu sei, a cena gay é toda sobre ser o cara mais descolado, o mais gostoso e o que arrasa na pista de dança. O que eu posso fazer se eu perdi um ou dois capítulos do manual pelo caminho? Naquele mar de barbies, marombados e afins eu era só o cara pequeno e magricelo. Antes que eu pudesse ter uma crise de auto piedade nós já estávamos sentados no bar e fazendo nossos pedidos e, então ele me pediu pra dançar. Você pode achar que eu estou fazendo um drama. Bem, você não é gay, num bar gay, cercado de homens bonitos e que arrasam na pista ou você saberia do que eu estou falando.

"Eu não sei dançar."

Eu poderia ter dito que comia criancinhas no café da manhã usando aquele tom. Mas ele simplesmente ignorou minha declaração e me arrastou para a pista. O que se faz num momento desses? Eu pensei em fugir para o banheiro, mas sua mão estava na minha cintura e quando ele me puxou mais perto quem se preocuparia com música, ritmo ou qualquer coisa assim?


Fábio


Ele é delicioso. Deixar o apartamento e ir jantar foi uma das coisas mais dolorosas que eu já fiz. Fisicamente doloroso. E meu pênis continua gritando que eu sou um completo idiota nesse quesito. Mas eu quero fazer as coisas certas dessa vez. Eu tenho 32 anos. Eu já dormi com homens por prazer, diversão, falta do que fazer e até pena. Dessa vez eu quero aquela coisa que dizem que é tão bom. Sabe? Envolvimento, paixão...quem sabe amor em algum lugar logo aí.

Eu o arrastei para a pista de dança não por que eu esteja preocupado sobre dançar, apesar do olhar apavorado dele. E claramente ritmo não é uma de suas qualidades. Mas em que outro lugar eu teria uma desculpa tão perfeita para por minhas mãos naquele corpo? Eu não sei que música tocou ou se nós dançamos realmente. Eu só sei que ele cheira a shampoo e cabe perfeitamente nos meus braços. Que ele ronrona quando eu beijo seu pescoço e que ele tem a boca mais deliciosa e perfeita que eu já beijei. E que, se não estivéssemos em uma pista de dança lotada ,eu faria muito mais do que apenas beijá-lo.

Eu aproveitei a música para conduzi-lo de novo até o canto mais afastado e escuro. Seu corpo era quente e suado contra o meu, seu rosto enterrado no meu pescoço, a diferença de altura fazendo com que eu pudesse roçar contra o estômago duro. Duro era a palavra perfeita para aquela situação. Quente, excitado e faminto.

Eu puxei sua camisa para fora da calça e deixei minhas mãos vagarem debaixo disto, sentindo a pele lisa e suave pela primeira vez. Ele entendeu a deixa e suas mãos deslizaram por dentro da minha, acariciando minhas costas, a linha tensa da coluna e então brincando com o cós antes de mergulhar dentro. Eu ouvi o som surpreso ao encontrar pele.

Minhas mãos moveram entre nós, sentindo os músculos firmes da barriga e subindo pelo tórax até a linha dos mamilos. Eu corri meus dedos nisto, suavemente beliscando, ouvi e senti seu gemido em resposta. Isto era demais. Hora de conseguir um lugar sem tanta gente em volta. Eu lutei para conseguir tirar minhas mãos de dentro da sua camisa, quase estourando dentro das minhas calças, como um adolescente cheio de hormônios, quando ele gemeu em protesto e tentou agarrá-las de volta.

"Meu apartamento ou o seu?"


Matheus



Meu apartamento ou o seu. Cinco palavras que soaram como música em meus ouvidos. Nós deixamos o bar numa pressa vergonhosa, tropeçando um no outro ao tentar abrir o carro sem largar nossas mãos ou parar de beijar. Decidimos pelo seu apartamento por ser mais próximo e rápido. Rápido sendo a palavra perfeita.

Eu não vi nada do seu apartamento. Assim que entramos ele estava em mim e a próxima coisa que eu soube é que eu estava no sofá, seu corpo forte apertado no meu, sua boca devorando a minha, suas mãos arrancando minha camisa. Eu enlacei sua cintura com minhas pernas, abrindo espaço para seu peso bem vindo. Seu corpo maior e mais musculoso me apertando contra o sofá, sua mão mantendo as minhas quietas contra o braço, acima da minha cabeça.

Sua boca desceu pelo meu pescoço, brincou e mordiscou meus mamilos até que eu quis gritar em frustração. Então ele arrancou a própria camisa. Eu quis ajudar, mas um homem podia gozar só de olhar aquele abdômen definido, naquelas ondas que só pareciam implorar por serem adoradas. Sim, eu estava babando.

Então sua boca estava de volta no meu peito, deliciosamente molhada numa viagem perfeita em direção a minha virilha. Brincando com meu umbigo. Mordendo. Lambendo. O barulho do zíper soou alto no silêncio da sala, sua mão mergulhando sem hesitação dentro da minha cueca e me trazendo para o ar. Suave, quente, seus dedos me envolveram, deslizando até o cume, o polegar brincando com a cabeça já molhada e pesada. E eu estava pronto para gozar ,como um menino no primeiro amasso.

Eu podia ter tentado pensar em algo ou fazer algo, mas sua boca estava em mim, sua língua insistindo contra a racha no topo no meu pênis, querendo e pedindo mais. Minhas bolas estavam apertadas, pesadas e doloridas dentro da calça jeans, eu queria, precisava de mais. Minhas mãos agarraram sua cabeça, nem eu sei se para afastar ou puxá-lo ainda mais junto. Eu devia só ter ficado quieto. No próximo momento nós estávamos rolando, braços e pernas presos, roupas emboladas e a última coisa que eu lembro é de cair por cima dele, meu braço tentando aparar a queda e meu joelho descendo, duro e pesado em sua virilha. Eu podia só morrer de tanto embaraço quando ele gritou e me empurrou longe. Eu bati com a cabeça contra alguma coisa e o mundo ficou escuro e rodando.


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