EN-VE-LHE-CER. Sei lá, mas a palavra assusta você também? Eu sou movida a adrenalina, não aquela de paraquedistas e escaladores (obrigada, mas eu prefiro meus pés no chão), mas aquela que vem de uma vida vivida com intensidade. Eu sou do tipo que faz tudo-ao-mesmo-tempo-agora e depois quer arrumar tempo para um cafezinho e duas emergências. E eu gosto disso.
Eu não gosto de emoções mornas e nem de acomodação. Tudo que eu fiz, de engravidar aos 16 a mudar para a Bolívia, foi feito por causa de emoção. Algumas vezes deu certo, outras me deixou com um coração partido, mas, sinceramente, jamais me arrependi. Mas, descobri essa semana, que a tal da maturidade trás algumas coisas boas. A maturidade te dá distanciamneto das coisas sem matar a emoção. Você sabe que a emoção está lá, você até a entende, mas você é capaz de racionalizar ela! E, meninos, isso é um ganho enorme na vida.
Ser capaz de respirar e contar até cinco antes de despejar tudo pode ser a diferença entre resolver um problema ou criar um maior ainda. Pode ser a diferença entre gritar com seu marido por causa daquela atitude irritante e terminar discutindo um caso de dez anos atrás, ou simplesmente deixar passar e se concentrar em coisas que realmente importam.
Então, a seis semanas de me tornar avó, eu descubro que estou entrando na tal da maturidade. Viu, mãe? Não sou um caso perdido!