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domingo, 8 de agosto de 2010 Post By: Lilah

Nascido para ser Pai



Todo dia dos pais a gente escreve a mesma coisa, não é? Mas esse ano eu decidi fazer algo diferente. Não vou falar do meu pai, apesar de toda a saudade que sinto. Ele foi um excelente pai e hoje posso lembrar sem dor, por que ele não deixou nada mal acabado. Não, não vou falar do meu pai.
Não vou falar de pais biológicos. Vou falar de uma classe muito mal vista e quase esquecida: os padrastos. E nem de todos os padrastos, mas de uma caso bem específico: daquele que se casa e leva de brinde uma família pronta. Eles vivem na mesma casa, consertam joelhos esfolados, consolam febres na madrugada, reclamam da música alta e acabam emprestando o carro....depois de três horas de palestra. Eles mandam escovar os dentes, comer toda a verdura e fazer o dever de casa. Eles são a única figura paterna de milhões de crianças por aí.
Existem homens (e mulheres também) que parecem criados para a paternidade. Para eles não faz diferença que sangue essas crianças tem, que DNA elas carregam. São crianças e eles as colocam debaixo de proteção, com toda dor e toda delícia que vem com ela.
Muita gente olha para esses homens com um certo grau de desconfiança. As vezes influenciados pela midia e suas notícias, outras apenas pelo seu próprio preconceito: se eu não posso amar um filho que não tem meu sangue, por que aquele homem poderia? Até algumas mulheres desses homens fazem um esforço extra para mantê-los numa “saudável (para elas) distância” de seus filhos. E muita coisa boa deixa de acontecer por aí.
Eu não sou ingênua. Sei que nem todo mundo, seja homem ou mulher, é feito para ser pai e mãe. Esses não vão cuidar nem dos seus próprios filhos. Mas se você não pode confiar no homem com quem se casou para estar perto dos seus filhos...bem, por que você casou então?
Esses homens especiais que amam suas crianças sem se preocupar que cor ou herança eles tem, que dão colo, dão castigo, que levam para o parquinho, pagam contas, vão buscar na saída da festa e dão bronca pela nota baixa. Eu tive a sorte de encontrar um assim. Meus filhos tiveram sorte de contar com um pai que nunca levou em conta quem carregava seu DNA.
O post de hoje é um presente para o meu marido, que casou e levou de contra peso dois bebês, um com quatro e outro com dois anos. Que ninou, educou, deu bronca e amou os dois, enquanto o pai biológico permaneceu uma figura distante. Um homem que se emocionou e chorou quando escutou um “pai” do mais velho, um menino duro na queda, que levou anos para mostrar o quanto ele era importante. E que agora vive carregando uma foto do ultrassom da neta , filha deste mesmo menino. Um homem que depois de três meninos quase adultos, abriu o coração para um quarto, que a vida trouxe para nós e que agora é nosso caçulinha, tão filho quanto se nós o tivéssemos gerado. Que amou seu filho biológico, o aceitou sem senões a sua sexualidade e sem preferências a nenhum dos quatro. O post é para ele, mas a sorte foi de todos nós. Te amo, amor! Feliz Dia dos Pais.

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