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O Beija-Flor
Há 2 anos
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Post By: Lilah
Sobre Genros, Noras...e Sogras!
Pois esse é um papel que muitos temem! Se você é sogra com certeza acha um absurdo o monte de piadinhas que rondam essa figura...se é genro ou nora pode ter uma opinião bem diferente!
Por ter sido mãe muito cedo, eu vivo uma situação bastante original, minha nora é pouco mais de 10 anos mais nova que eu. Cinco anos atrás, quando ela e o Lipe começaram a namorar, o maior medo dela era que eu achasse essa diferença um problema. No fim, nos transformou mais em amigas de shopping do que sogra e nora. Trocamos figurinhas em relação a roupas e cabelos, temos o mesmo senso de humor doente (segundo o Lipe) para filmes de terror e acabamos tendo uma relação a parte, do namoro e posterior casamento dela com meu mais velho. A ponto dela querer que eu acompanhe a cesárea, já que meu filho fica verde a simples menção da palavra sangue.
Claro que eu sei que isso não é a regra...e eu já vivi minha porção “sogra terror”. Tinha uma relação que podia ser descrita, no máximo, como tolerável com a ex do Victor. Coisa de mãe que acha que sabe o que é melhor para o filho. Eu passei horaaaasss ouvindo a minha dizer que eu devia lembrar do que aconteceu quando meu pai, que nunca tinha dito um não para a caçulinha predileta (essa que vos escreve) disse que eu não podia namorar o badboy da escola. Terminou comigo grávida aos 16 e separada aos 19. Então eu sorria, colocava minha melhor cara de paisagem e engolia a dita cuja. Por três anos. Até que o Victor enxergou a luz, felizmente sem que eu precisasse acender nenhum lampião, que no fim teria deteriorado a minha relação com ele.
O ex do meu caçula também não era exatamente minha versão do paraíso, mas como ele se comportava como se o Lucas tivesse nascido de geração espontânea e ignorava solenemente todos nós, a chance de ter algum atrito era bem pequena. E então chegamos ao motivo desse post...meu genro.
Ontem eu recebi uma encomenda do Brasil, coisas pequenas, besteirinhas que fazem a casa ficar mais com jeito de lar e que eu, na pressa esqueci de trazer. E junto com a encomenda e os chocolates, que intimei que me fossem enviados, veio também um CD. Gravado pelo meu genro e com um cartão que me dizia para ouvir sempre que sentisse falta do Brasil. No CD estão gravados os sons de casa: meus cães latindo, o mar em dia de ressaca, a Fátima, minha empregada mandando o Lucas comer como se ele ainda tivesse cinco anos, o forró que meu vizinho insiste em colocar todo domingo, o papagaio do outro vizinho gritando gol (do Vasco, só para me irritar)...até o engarrafamento da Avenida das Américas ele gravou! Sons de casa que me deixaram com o coração apertadinho, mas que me deram também uma sensação tão boa...E que mostram que nem toda sogra é o terror que pintam, não é?
PS: Tem genro mais fofo que esse?
PS2: Mario, AINDA não estou com saudades dos engarrafamentos, ok?
