Como você me vê?
Se você ainda não lê o blog Um pouco de Mim da Elaine Gaspareto, eu sugiro que você comece hoje. Mas pode ser depois de ler esse texto. E por que isso? Por que deve ser a terceira ou quarta vez que um post da Elaine me dá vontade de escrever algo, meio resposta meio inquietude. É um dom que ela tem. Ela escreve e você fica tocado pelo tema, ela te faz pensar. O post dela de hoje teve esse efeito de novo.Ela pergunta se nós já pensamos em como os outros nos veem e se essa visão é real ou não. E eu me peguei pensando nisso...
Eu perguntei ao meu marido primeiro. Afinal a pessoa me conhece a 40 anos. E ele respondeu que eu sou uma tempestade. Sempre pronta a cair. Sinceramente só por que ele voltou hoje de viagem eu não quis entrar em detalhes. Mas ele insistiu. Quem mandou perguntar né, Lilah? E ele continuou dizendo que eu não consigo fazer as coisas sem derrubar uma ou duas casas pelo caminho. E quando eu já queria derrubar uma casa (de preferência na cabeça dele) ele terminou dizendo que isso era minha melhor qualidade. Que eu não tinha medo de mudanças e nem deixava que o medo me parasse. Ok, eu me senti melhor. E ai perguntei a um amigo de mais de 20 anos a mesma pergunta. E ele disse que ele me via como alguém sempre tranquila, sempre centrada e preocupada em manter o equilibrio.
E você deve estar se pergutando se eu tenho dupla personalidade. Ou qual deles viveu esses anos todos enganado. Eu digo a você: os dois! Eu sou uma medrosa de carteirinha! Eu vivo afogada em receios e previsões sobre o que pode ou não dar certo, nesse ponto meu marido está completamente enganado (desculpe baby, pensa pelo lado bom, depois de 40 anos você ainda tem surpresas). E talvez por isso eu derrube uma casa ou duas. Por que faço barulho para espantar o medo. E tranquila e centrada? Oi, pessoa errada?
E aí eu me lembrei de algo que o AndreV me disse uns posts atrás, que você só vê no outro o que já existe em você. E pensando nisso eu fui um pouco além, acho que as pessoas veem você como elas PRECISAM de você, ou talvez você dê a elas oque elas precisam naquele momento. E a imagem que elas constroem de você vem da junção dessas duas coisas. Então dê aquilo que você pode e que o outro precisa...um dia você pode descobrir, surpresa, que você deu muito mais do que imagina e recebeu mais do que achou que merecia...
Lilah, eu li o post da Elaine e penso que nestes trina e poucos anos mudei bastante, hj não tenho medo de dizer o que penso, não fico guardando as palavras para depois ficar remoendo, pra mim fez um bem danado, mas para os outros...ah..estes com certeza preferiam a Andreia de antes, sempre solicita, sempre dizendo sim a tudo para não magoar...contínuo solícita, porém expresso meu ponto de vista, gostem ou não...hj ivo mais leve, quem sabe mais feliz...
Bjão